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28.3.11

cora

meus anos goianos! muito bons anos foram...
lá aprendi muito, talvez quase tudo que hoje eu sei.
dores, amores, amizades, ofícios, simplicidade de viver, generosidade, gostos, e cora coralina!
com toda certeza esse nome será homenageado algum dia por mim.

em uma viagem na infância prá goiás velha, assim se falava naquela época, eu me apaixonei pela casinha daquela velhinha simpática sentadinha e sorridente, que fazia uns docinhos brancos em formato de cisne - os graciosos alfenins - mas não soube exatamente quem ela era.
depois, numa viagem pela faculdade de arquitetura, voltei àquela mesma casa, com outros olhos, mas ela já tinha partido. a casa permanecia linda, calma, limpa e era então um museu.
cora partiu, mas deixou o mais precioso legado, suas poesias.
poesias que embora retratassem o cotidiano goiano de forma simples e direta, não são nada simplistas, pelo contrário, são super complexas.

leiam:
assim eu vejo a vida
a vida tem duas faces:
positiva e negativa
o passado foi duro
mas deixou o seu legado
saber viver é a grande sabedoria
que eu possa dignificar
minha condição de mulher,
aceitar suas limitações
e me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.

nasci em tempos rudes
aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
aprendi a viver.

poeminha amoroso
este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
é uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
e eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
talvez tu possas entender o meu amor.
mas se isso não acontecer,
não importa.
já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

meu destino.
nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.

linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.

não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.

indiferentes, cruzamos
passavas com o fardo da vida...

corri ao teu encontro.
sorri. falamos.

esse dia foi marcado
com a pedra branca da cabeça de um peixe.

e, desde então, caminhamos
juntos pela vida...

lindíssimos!
beijo,


Um comentário:

  1. Simplesmente emocionada ao ler as poesias e conhecer a bela casa de onde ' nasceram ' tantas histórias.
    Clau

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obrigada por participar! fico bem feliz!

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